terça-feira, 26 de abril de 2011

MÃE - Peito que nutre - Ventre que Gesta

Mãe é uma essência de Amor do Universo.

É nela que nos abrigamos quando precisamos de paz. Ela é quem nos protege e acalenta sem fazer perguntas; Ela é quem nos interroga apenas para permitir que nossa alma se abra extravasando o que nos atormenta. Ela sabe a hora do conselho, de reprimir suavemente sem abater a moral; sabe o momento de nos afagar os cabelos, de apertar nosso rosto contra seu peito para transmitir um suave calor, uma segurança necessária, um amor imutável, certeza de sermos compreendidos e de que não estamos sós.





Mãe não se submete aos padrões de beleza terrena. Está sempre acima deles.

Ainda que velha;

Ainda que desgastada;

Ainda que sofrida;

Mesmo que anônima e esquecida!

Mãe tem um cheiro bom de acalento; cheiro inesquecível e necessário; cheiro que se está sempre buscando.

Mãe tem textura macia e morna que envolve e acalma, que abriga, protege e nos faz mergulhar numa quietude tranquila e celestial.

Mãe tem paciência infinita e um saber que sempre transcende a tudo o que sabemos.

Mãe está sempre alcançável e nos recebe invariavelmente com alegria sincera, espontânea e exuberante.

Mãe é amor, é flor, e peito que nutre, é ventre que gesta, é santa que se priva, se cala, se doa; é mestra que ensina e orienta, é virtude inesgotável, é manto que envolve, é fera que defende; ausência que não se supre.

Mãe é presença de paz, é imagem de tranqüilidade, é refúgio seguro. É alegria, é vida na casa, é espera incansável; é dedicação, é cuidados, é crente fervorosa rogando proteção à criança doente, ao guerreiro em combate; ao filho sumido, ao rapaz que se demora na rua , à filha mal casada; ao filho que bebe e à tantas outras situações que ameacem a ninhada.

Mãe benze o corpo e vai à luta.

Reza o terço, murmura ladainhas; confessa, comunga, vai à missa, freqüenta cultos, se entrega a Jesus; vai a terreiros, joga flores para Iemanjá, enfrenta exércitos, multidões e sistemas: na defesa dos filhos.

Ciumenta sempre, valente se necessário, carinhosa, admiradora de cada um de seus filhos, independente de suas qualidades. Hiperativa nos afazeres. Psicóloga capaz de tratar cada filho de forma personalizada afim de que ele se sinta amado, seguro, responsável e apto a se conduzir no emaranhado de caminhos que a complexidade da vida nos antepõe.

Não se compara a anjos nem a santas

Mãe é substantivo e adjetivo em si mesma. ´

É beatitude que não se mede.

Transcende ao humano, mas está sempre ao alcance da mão.

É interjeição que se grita em todo momento extremo.

É humildade concreta envolta em aura de amor.

É fonte perene e suave dessa aura que, em doce envolvência, nos tira do mundo e nos aproxima de Deus.

Mãe é uma criatura irremediavelmente apaixonada pelo fardo que conduz.

Maio de 1990

Rilmar

MÃE - Peito que Nutre - Ventre que Gesta



Mãe é uma essência de Amor do Universo.
É nela que nos abrigamos quando precisamos de paz. Ela é quem nos protege e acalenta sem fazer perguntas; Ela é quem nos interroga apenas para permitir que nossa alma se abra extravasando o que nos atormenta. Ela sabe a hora do conselho, de reprimir suavemente sem abater a moral; sabe o momento de nos afagar os cabelos, de apertar nosso rosto contra seu peito para transmitir um suave calor, uma segurança necessária, um amor imutável, certeza de sermos compreendidos e de que não estamos sós.
Mãe não se submete aos padrões de beleza terrena. Está sempre acima deles.
Ainda que velha;
Ainda que desgastada;
Ainda que sofrida;
Mesmo que anônima e esquecida!
Mãe tem um cheiro bom de acalento; cheiro inesquecível e necessário; cheiro que se está sempre buscando.
Mãe tem textura macia e morna que envolve e acalma, que abriga, protege e nos faz mergulhar numa quietude tranquila e celestial.
Mãe tem paciência infinita e um saber que sempre transcende a tudo o que sabemos.
Mãe está sempre alcançável e nos recebe invariavelmente com alegria sincera, espontânea e exuberante.
Mãe é amor, é flor, e peito que nutre, é ventre que gesta, é santa que se priva, se cala, se doa; é mestra que ensina e orienta, é virtude inesgotável, é manto que envolve, é fera que defende; ausência que não se supre.
Mãe é presença de paz, é imagem de tranqüilidade, é refúgio seguro. É alegria, é vida na casa, é espera incansável; é dedicação, é cuidados, é crente fervorosa rogando proteção à criança doente, ao guerreiro em combate; ao filho sumido, ao rapaz que se demora na rua , à filha mal casada; ao filho que bebe e à tantas outras situações que ameacem a ninhada.
Mãe benze o corpo e vai à luta.
Reza o terço, murmura ladainhas; confessa, comunga, vai à missa, freqüenta cultos, se entrega a Jesus; vai a terreiros, joga flores para Iemanjá, enfrenta exércitos, multidões e sistemas: na defesa dos filhos.
Ciumenta sempre, valente se necessário, carinhosa, admiradora de cada um de seus filhos, independente de suas qualidades. Hiperativa nos afazeres. Psicóloga capaz de tratar cada filho de forma personalizada afim de que ele se sinta amado, seguro, responsável e apto a se conduzir no emaranhado de caminhos que a complexidade da vida nos antepõe.
Não se compara a anjos nem a santas
Mãe é substantivo e adjetivo em si mesma. ´
É beatitude que não se mede.
Transcende ao humano, mas está sempre ao alcance da mão.
É interjeição que se grita em todo momento extremo.
É humildade concreta envolta em aura de amor.
É fonte perene e suave dessa aura que, em doce envolvência, nos tira do mundo e nos aproxima de Deus.
Mãe é uma criatura irremediavelmente apaixonada pelo fardo que conduz.
Maio de 1990
Rilmar